Vesti a camisola de missionário e não sei como tirá-la: Um mês não foi suficiente. Dois anos não chegariam. Uma vida não bastava. Aceitei o desafio que me foi proposto e foi a escolha mais acertada que podia ter tomado. Bem ciente estou da pequena gota que sou num oceano de missões e voluntariado, contudo, não posso deixar de me emocionar pela diferença que a Missão Beira trouxe ao mundo. Ser missionário é estar disposto a crescer e aprender e foi exatamente isso que obtive –

Sem espírito altruísta e tendo ainda possivelmente um longo tempo de vida para cumprir, havia que procurar a melhor fórmula, para preencher esse mesmo tempo. Era fácil encontrar uma ocupação remunerada, mas fui atraído não sei porque meio de comunicação sobre voluntariado e fui parar ao Banco Alimentar, naquele tempo ainda com pouco movimento. Fui ganhando vontade e o Banco foi crescendo e reconheci que fazia sentido a decisão tomada, porque as necessidades de muitas pessoas

Depois de passar toda a minha infância e adolescência a tomar conta dos meus dez primos, ser babysitter não me passava pela cabeça. Ao vir estudar para Lisboa, com os meus 18 anos, fui-me afastando deles e depressa as saudades começaram a apertar. Se o que me motivou a integrar a equipa das Super Babysitters foi uma razão meio egoísta – sentir falta da energia e espontaneidade das crianças no meu quotidiano –, o que me levou a ficar foi, sem dúvida, ter percebido a gigante a

O “Para Onde?” nasceu no final do ano de 2014 quando a Inês Ferrão, assistente social, entendeu que não havia em Portugal nenhuma plataforma que facilitasse a concretização de uma experiência de voluntariado internacional por parte de qualquer um que a pretendesse: independentemente da formação, experiência, idade, contexto social/económico/cultural. Na altura apareceu com intenções tímidas, mas rapidamente se tornou numa das grandes referências para o voluntariado em Portug

Ser voluntário é ser apaixonado. Das muitas experiências de voluntariado que já tive, posso com certeza concluir que todas são poucas para aquilo que gostaria de fazer. Comecei nova, com os meus pais, que sempre foram voluntariosos e muito interventivos. Ajudávamos os amigos, a família e sempre estivemos em várias instituições, muitas vezes em família. Nunca nos voluntariámos porque sim. Era sempre por causas, quase sempre morais e sociais, e essa foi a causa porque sempre en