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Amigas do Peito – Um testemunho

  • Foto do escritor: Blog  Bolsa do Voluntariado
    Blog Bolsa do Voluntariado
  • 4 de fev.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de out.

Um testemunho de apoio às mulheres com cancro da mama

Sou Maria de Fátima Lima Duarte, para os amigos Fatu. Sou natural do Mindelo, Cabo Verde. Sou do signo Touro, nasci a 15 de Maio de 1960, atualmente encontro-me a residir em Lisboa.


Mãe de duas filhas amigas, sou avó de quatro netinhos.


Durante mais de 30 anos desenvolvi a minha carreira técnica, tendo desempenhado vários cargos de direção na Direção Geral de Administração Pública e Assembleia Nacional em Cabo Verde.


Em 2014, decidi pedir a minha aposentação para poder cuidar da minha saúde, porque me tinha sido diagnosticado um cancro da mama. Assim nessas vindas ao Hospital de Santa Maria tive a oportunidade de conhecer a Associação das Amigas do Peito, através das voluntárias que faziam banca nos corredores, comprando várias lembrancinhas para levar para Cabo Verde. Mais tarde, uma dassas voluntária convidou-me a vir conhecer a sede e o trabalho que desenvolviam.


No dia que entrei na sede, em 2018, fui convidada a vestir uma bata e realizar visitas ao serviço de Quimioterapia, algo que eu já fazia no Hospital Dia em Cabo Verde. Desde então, tenho a vindo a colaborar com a Associação Amigas do Peito, dando o meu melhor para uma causa tão nobre.


Tenho participado nos eventos organizados pela Associação e também tenho tentado dar algum contributo para criar respostas mais ajustadas para as mulheres com cancro da mama que se encontram na difícil situação de estarem evacuadas e longe dos seus países e dos seus familiares. No mês de Março e Abril, celebrando simultaneamente o Dia/Mês da Mulher e o aniversário da Associação, desenvolvi um Projeto Piloto que procurava para além da angariação de Fundos, dar a conhecer talentos das mulheres que vivem o desafio da doença. Do meu trabalho como voluntaria, posso ainda dizer que tem sido gratificante e desafiante, no plano das relações interpessoais, e sociais, constituindo por isso também uma forma terapêutica de lidar com a minha situação clinica, as esperas e os tratamentos.


Envolver-me com estes projetos, tem sido uma forma de também “crescer” e aprender a ser mais assertiva e criar condições para mais tarde poder vir a dar um contributo mais eficiente para o desenvolvimento, a saúde e o bem-estar das pessoas doentes no meu país.


Sendo do signo Touro sou uma mulher forte, determinada, teimosa no bom sentido…que vai à luta e que tem uma forma positiva de encarar as dificuldades e os obstáculos da vida, sempre procurando soluções com muito amor. Por isso, a minha mensagem para qualquer pessoa que passe por uma situação difícil é que tente aceitar a doença e o tratamento, focar-se nas soluções para conseguir vir a ter um futuro melhor.

Assim digo que todos devem abraçar esta causa, pois não sabemos o dia de amanhã!


Fatu Duarte (Maria de Fátima Lima Duarte)


Cabo-verdiana 


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À Associação Amigas do Peito ocorrem maioritariamente mulheres advindas dos países PALOP´S que se encontram desenraizadas dos seus países e que encontram um porto de abrigo, convivendo entre elas, fazendo arterapia, ginástica, passeios, azulejaria entre outros apoios como psicologia apoio jurídico e espiritual, além de visitas às doentes (voluntárias sobreviventes do cancro da mama e síncrones com este tipo de cancro).


Claro que também temos nacionais que vêm fazer tratamentos ambulatórios à sua doença oncológica e que não tendo residência em Lisboa ou arredores  encontram na  Casa de Acolhimento da Amigas do Peito um lugar onde ficar em Lisboa no Bairro Padre Cruz com uma capacidade somente para 3 mulheres.


Temos sonhos, e o sonho comanda a vida, como diz o poeta e andamos em conversações com a Câmara Municipal de Lisboa para no Bairro Padre Cruz, bairro em processo de requalificação, ali ser construído em Centro de Acolhimento para doentes oncológicos no ré-do-chão  a ser co-financiado nos 2 ou 3 pisos superiores por uma residência universitária para estudantes na área da saúde que assim contactariam desde cedo com a doença oncológica, a que mais vai crescer até 2050 segundo estimativas da OMS.


Emília Vieira, médica cirurgiã oncológica e presidente da direção da Associação Amigas do Peito

 
 
 

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