“Transformar vidas: a jornada de Diana Carvalho na SPEM”
- Blog Bolsa do Voluntariado

- 11 de fev.
- 3 min de leitura
Atualizado: 22 de out.
No mundo acelerado em que vivemos, encontrar pessoas dispostas a dedicar o seu tempo ao bem-estar dos outros, sem esperar nada em troca, é algo raro e precioso. Diana Carvalho é um desses exemplos inspiradores. Com 29 anos e recentemente formada em Psicologia Clínica, encontrou na Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) um propósito que ultrapassa a esfera profissional.
O CAMINHO ATÉ AO VOLUNTARIADO
Em 2021, surgiu a Diana a oportunidade de realizar um Estágio Curricular na Delegação de Lisboa da SPEM. Desde então, a sua ligação com a instituição foi crescendo. Mais tarde, durante o período de elaboração da sua tese de mestrado, em que optou por não trabalhar para se concentrar totalmente nos estudos, decidiu também dedicar-se ao voluntariado.
Conta que “não podia deixar a família SPEM, quando sempre se mostraram atenciosos e solícitos“. Assim, em junho de 2022, logo após o término do estágio, Diana decidiu tornar-se voluntária da associação. “Queria evitar uma rutura abrupta com os funcionários e utentes. Foram 8 meses de trabalho, criaram-se afinidades, construíram-se boas memórias“, confessa.
Todas as quintas-feiras, dedicava-se ao Serviço de Psicologia e ao CACI (Centro de Atividades para a Capacitação e Inclusão), ajudando os utentes em exercícios que preservam as suas funções cognitivas. Além disso, buscava criar momentos de fraternização e humor. “O sorriso faz coisas milagrosas“, acrescenta.

UM NOVO OLHAR SOBRE A ECLEROSE MÚLTIPLA
Quando chegou à SPEM, Diana pouco sabia sobre Esclerose Múltipla (EM), mas a curiosidade rapidamente a levou a aprofundar os seus conhecimentos. “Foi necessário um trabalho de investigação contínuo. Sem dúvida que a área da Psicologia da Saúde e a EM se tornaram alvo de interesse pessoal e profissional“, afirma.
O seu envolvimento foi crescendo, e, em março de 2024, surgiu um convite especial: integrar oficialmente a equipa de funcionários da Delegação de Lisboa. Agora, tem a oportunidade de trabalhar de forma sistemática e interagir diariamente com os utentes do CACI.

O PODER DO HUMANISMO
A forma calorosa como foi acolhida na SPEM reforçou o seu vínculo com a instituição. “Cada vez que chego à SPEM, os utentes dão-me abraços e beijinhos e agradecem a minha presença. É bom vermos o nosso trabalho reconhecido, por mais pequeno que seja“, conta emocionada. Identifica-se profundamente com a missão da instituição e com o espírito de solidariedade que a move.
Diana compreende os desafios enfrentados pelas pessoas com EM. “São sensíveis e, muitas vezes, difíceis. É compreensível, pois não é fácil enfrentar a realidade imposta pela doença. A compreensão empática torna-se crucial para chegar a estas pessoas e ajudá-las de alguma forma“, explica. Mas, para ela, a verdadeira recompensa está no impacto positivo que pode causar: “Se formos capazes de tocar o coração destas pessoas, tudo se torna mais fácil. Acreditem que receber um sorriso de volta, um sorriso verdadeiro, é genuinamente gratificante.”

VOLUNTARIADO; UMA FONTE DE ESPERANÇA
A principal motivação de Diana quando iniciou o voluntariado na SPEM sempre foi o desejo de crescer como ser humano e manter um sentido de propósito. “Vivemos numa sociedade cada vez mais caótica, fragmentada e egoísta. Podemos e devemos mudar o mundo ao transformar positivamente a vida dos outros, sem esperar nada em troca. Falta-nos humanismo. Falta-nos esperança. E os voluntários são essa fonte de esperança que o mundo precisa“, conclui.
A história de Diana Carvalho na SPEM é um lembrete poderoso do impacto que um simples gesto pode ter na vida de outra pessoa. Que possamos nos inspirar no seu exemplo e contribuir para um mundo mais solidário e humano.

SPEM (Sociedade Portuguesa De Esclerose Múltipla)








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