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Voluntariado, Deficiência e a JMJ Lisboa 2023

  • Foto do escritor: Blog  Bolsa do Voluntariado
    Blog Bolsa do Voluntariado
  • 25 de out. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de out.

A experiência da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa durante a primeira semana de agosto de 2023, foi extraordinária em vários sentidos. Durante seis dias, Portugal recebeu muitos milhares de jovens peregrinos vindos de todos os países do mundo, com exceção das Maldivas. Aos cerca de 400.000 jovens inscritos juntaram-se mais do dobro de peregrinos de todas as idades que quiseram vir, ver, ouvir e falar com o Papa Francisco. Os jovens com deficiência não foram exceção.


Logo desde o primeiro dia, a organização da JMJ Lisboa 2023 tomou a iniciativa de mobilizar pessoas com deficiência para vir a Lisboa, como peregrinos e como voluntários. O Comité de Organização Local contou com o trabalho e empenho de 7 voluntários de longa duração com deficiência e que ajudaram a preparar a JMJ. Outros 45 voluntários com deficiência deram apoio aos peregrinos durante a semana de realização da Jornada e 1 800 peregrinos com deficiência inscreveram-se e participaram neste que é o maior encontro do Papa com jovens de todo o mundo. Adicionalmente, foram mobilizadas centenas de voluntários para apoio a este grupo de peregrinos.


A preparação da JMJ Lisboa 2023 começou em 2019 tendo, numa primeira fase, estado especialmente focada na mobilização de peregrinos e voluntários e, numa segunda fase, no acolhimento dos mesmos. Preparar os espaços, prever a mobilidade e acessibilidade em todos os momentos foram pontos chave para o sucesso da atenção à deficiência na organização.


Mas, para quem teve a oportunidade de viver na primeira pessoa a experiência de estar ao serviço da deficiência ou de colocar-se ao serviço, apesar da sua condição de deficiência, a experiência da Jornada Mundial da Juventude foi realmente transformadora. A organização recebeu relatos muito positivos sobre o modo como decorreu o acolhimento de peregrinos com deficiência, incluindo a ideia de que existe “um antes e um depois da JMJ Lisboa 2023” do ponto de vista da inclusão na sociedade portuguesa e na forma de organização de eventos de grandes público.


O testemunho de fé dos peregrinos e voluntários com deficiência tocou os corações de todos com quem se cruzaram e, particularmente, o do Papa Francisco do qual resultaram dois abraços muito especiais: o abraço do Santo Padre ao Francisco, um dos dois acólitos com trissomia 21 que participou na Missa Final no Parque Tejo e o abraço do Papa Francisco à Leonor, também com síndrome de Down, que foi apresentadora no Encontro com os Voluntários no Passeio Marítimo de Algés. Destes dois abraços ficaram imagens que comoveram o mundo e que mostraram que é possível um mundo com todos.


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Para além destes momentos com o Papa Francisco podemos também lembrar o coro “Mãos que Cantam” em todos os eventos centrais e a zona reservada a pessoas com deficiência, que contou com a presença de cerca de 4 000 pessoas e onde se viveram momentos realmente memoráveis.


É muito importante que não se percam estas experiências e que possamos incluir nas nossas vidas e nos nossos trabalhos a convicção de que o mundo com todos é mais completo e que só quando todos têm a oportunidade de contribuir é que vivemos plenamente. O voluntariado é isso mesmo: oferecer o nosso tempo, o que sabemos e conseguimos fazer para o bem dos outros de forma gratuita.


A Entrajuda, nosso parceiro fundamental nesta Jornada, ajudou-nos a cumprir metas de reutilização de bens. E é o exemplo do que acabo de dizer: que o mundo fica melhor e nós somos melhores pessoas quando nos entregamos aos outros. E os outros são mesmo todos, todos, todos.


Carmo Diniz


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